Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/04/2014
O cerne da tecnologia é o tratamento das ondas sonoras captadas pelos microfones por meio de um software de inteligência artificial.[Imagem: Daccord/CNPq/Divulgação]
Brevemente as câmeras de segurança, além de olhos, terão ouvidos. E um cérebro para processar o que ouvirem.
Apoiados pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pesquisadores de Recife (PE) estão desenvolvendo um equipamento capaz de identificar um grande número de sons como de arrombamentos, vidros quebrando, disparos de armas etc.
O sistema também poderá ter outros usos além da vigilância patrimonial, incluindo detectar quedas de pacientes ou idosos, acidentes domésticos, batidas de veículos e outros.
Apesar de receber o nome de Projeto Microfone Inteligente Conectável (MIC), o cerne da tecnologia é o tratamento das ondas sonoras captadas pelos microfones por meio de um software de inteligência artificial.
"Hoje estamos 'ensinando' o sistema a detectar novos tipos de eventos sonoros e em breve teremos testes em diferentes ambientes acústicos internos, por exemplo, dentro de casas, apartamentos, empresas etc," explica o pesquisador Américo Amorim.
O protótipo já está sendo apresentado a potenciais clientes para gerar receitas em uma escala que permita que a empresa dos pesquisadores, a Daccord, possa dar suporte e aperfeiçoar o sistema.
A tecnologia tem como ponto-chave a fácil conectividade, permitindo que os sensores sejam plugados diretamente a uma rede, sem a necessidade de um computador. Isto tornará possível transmitir os alarmes e o áudio captado por meio dos sistemas de monitoramento já existentes.
"É um desafio desenvolver um software 'leve' o suficiente para rodar em pequenos dispositivos como celulares e minicomputadores, permitindo que o MIC tenha tamanho reduzido, baixo consumo elétrico e custo acessível, segurança e, no futuro, proporcionando qualidade de vida às pessoas", disse Amorim.
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