quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Copa e Olimpíadas aumentam vagas para vigilantes. Serão gerados cerca de 50 mil empregos diretos



Fonte: Revista Segurança & Cia

O número de vigilantes cresceu consideravelmente nos últimos anos. Atualmente no Brasil, eles somam quase dois milhões de profissionais cadastrados na Polícia Federal, órgão público responsável pelo controle da segurança privada no Brasil, mas estima-se que somando os profissionais que atuam clandestinamente no mercado, este número seja ainda maior.
De acordo com especialistas, apenas um quarto deste exército de profissionais é absorvido pelo mercado, mas as expectativas para os próximos anos são boas. Com a realização de eventos esportivos no Brasil, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, as oportunidades devem aumentar, e espera-se que até 2014 sejam criados milhares de empregos diretos e indiretos no setor. A previsão é de cerca de 50 mil vagas.
Segundo dados da Polícia Federal, cada estádio contará com três mil vigilantes, que deverão estar devidamente cadastrados. Estes profissionais serão responsáveis pela segurança no complexo interno das arenas, e deverão estar presentes em locais como tendas de patrocinadores, área de circulação de pessoas, estacionamentos e catracas. Para os interessados em aproveitar esta oportunidade, vale a pena lembrar que as vagas não estarão restritas aos locais dos jogos, já que também haverá a necessidade de vigilantes em hotéis, transporte de valores, escoltas, além de diversas outras funções.
Para José Luis Rodrigues, diretor de vigilância Ativa da Prosegur, empresa especializada no segmento de segurança pessoal privada, a realização de eventos esportivos no país, é uma excelente oportunidade de crescimento para o setor. “Além de ser uma grande oportunidade, a participação da Segurança Privada em eventos como estes, é sobretudo, uma excelente alternativa de segurança que o país irá perceber. Essas mesmas alterações aconteceram em outros países e em todos eles com imenso sucesso”.
Na opinião de Paulo Cezar Marques, diretor da NOVCON-SP, empresa especializada em formar e reciclar profissionais que queiram atuar na área de segurança privada, a realização dos jogos no Brasil, representa uma oportunidade ímpar. “É uma grande oportunidade para o mercado. Acredito que este seja o momento ideal para mostrar que a segurança privada, pode e deve ser um complemento da segurança pública”. O diretor da NOVCON-SP afirma que a legislação em vigor determina que a formação e capacitação do agente de segurança são responsabilidades dos centros de formação, e que para atuarem nos eventos esportivos, estes agentes devem estar registrados em uma empresa. “O serviço de segurança privada dos estádios será um serviço terceirizado, e, portanto, esta prestação de serviço estará restrita às empresas de segurança privada”, explica.
De acordo com José Luis Rodrigues, como em todos os países que passaram por processo semelhante, no Brasil também será publicada uma legislação própria em virtude de o país ser o organizador da Copa Mundial de 2014. “Será essa legislação que definirá todo o processo formativo, e evidentemente a Prosegur irá respeitar essa legislação na íntegra. Contudo, nós não dispensamos a nossa própria formação, que significa passar aos elementos de segurança todos os ensinamentos que fomos recolhendo em outros países onde este segmento já está mais maduro”. O diretor de vigilância ativa da Prosegur, explica que o processo de formação dos profissionais que desejam atuar em eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas deve ser bastante rígido e completo, já que eventos deste porte necessitam de profissionais capacitados e com treinamento de qualidade. Ele afirma que a Prosegur fará recrutamentos internos, e certamente irá recorrer ao mercado de trabalho para encontrar e selecionar novos profissionais no segmento da segurança, mas que a seleção será criteriosa, já que a empresa está acostumada a atuar na segurança de eventos desportivos de nível mundial, como a Liga profissional de Futebol em Portugal e Espanha; Champions League; copas européias em e circuitos de tênis ATP.
Perguntado se as escolas de formação de vigilantes estariam preparadas para atender a esta demanda, José Luis Rodrigues, declarou que está convicto de que as escolas estarão à altura do desafio, mas que o fato de ainda não existir uma legislação específica não permite uma resposta imediata.
Paulo Cezar Marques, diretor da NOVCON-SP concorda que os centros de formação estão preparados, e ressalta que segurança deve ser feita por profissionais especializados. “A NOVCON-SP está estruturada para oferecer treinamento de qualidade aos profissionais do setor. Segurança tem que ser feita por elementos especializados em segurança. Sempre procuramos ministrar instruções através de alta tecnologia e com instrutores de destaque no mercado de segurança patrimonial e pessoal”.
De acordo com o regulamento da FIFA, os estádios das cidades-sedes, onde os jogos acontecerão, precisam ter uma equipe na qual as seguranças pública e privada, estejam integradas. Para isso, todos os profissionais escalados para atuarem durante os jogos terão de passar pelo Curso de Extensão em Grandes Eventos. A Coordenação Geral de Controle da Segurança Privada da PF declarou que o curso será criado para capacitar de forma específica, vigilantes, supervisores e gestores que desejarem trabalhar no Mundial. O treinamento será oferecido pelas escolas de formação de vigilantes, em vários estados do Brasil

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