Fonte: G1
O presídio onde o Nem está é considerado o mais seguro do Brasil. O presídio agrega toda a tecnologia disponível. Aliás, cada cela tem uma câmera, onde o preso é vigiado 24 horas por dia. São quatro presídios federais no Brasil em funcionamento e tem um quinto em construção em Brasília.
No momento temos um em Mossoró, um em Catanduvas, um em Porto Velho e esse em Campo Grande. Cada presídio desse tem capacidade para 208 presos. Eles foram construídos exatamente para que os estados da federação mandassem seus presos mais perigosos. Aqueles que representassem algum risco à ordem pública local. E o Nem faz, evidentemente, parte desse grupo. Lá, ele perde a capacidade de articular, de chefiar sua facção.
A legislação poderia ser um pouco melhor. Existe uma legislação na Itália hoje, anti-máfia, que desconecta o preso de qualquer contato. Aqui, o Nem vai ter contatos, pois ele tem direito a duas visitas de amigos e família por semana, mais as visitas dos filhos, caso ele tenha filhos. Apesar do regime disciplinar diferenciado, que é um direito que ele tem. Essas visitas não são monitoradas, são as chamadas visitas íntimas, a que ele tem direito. Isso está previsto na legislação.
O presídio tem scanner de corpo, raios-x, câmeras, microfones e câmeras escondidas. E a segurança é muito bem treinada. O fator humano nesse caso é muito importante. Esses agentes penitenciários federais são muito bem selecionados, treinados e bem pagos. Então, a única tentativa de saída de informação foi identificada pelo agente nas roupas íntimas da visita, pequenas cartas, bilhetes que o traficante Beira-Mar tentava mandar para sua facção. O scanner do presídio identificou.
Importante, nesse presídio, não há registro de celulares que tenham chegado a nenhum bandido, arma tampouco e nenhuma fuga. O esquema está funcionando e está isolando os principais chefes das facções do Brasil
O Nem tem direito à nutricionista e a uma dieta especial balanceada. Muita tecnologia e muito cara. Um preso desse custa mais ou menos três vezes o que custa o universitário em uma universidade federal. São 208 vagas por presídio, mas é necessário. Nesse momento para desarticular facção é o que está funcionando no Brasil.
No futuro, inverter essa relação universidade x presídio e ter também uma legislação mais dura, copiada da Itália, onde o preso no primeiro ano só tem direito a um advogado, que não serve de pombo correio para uma facção.
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