01/10/2014 08h22- Atualizado em 01/10/2014 08h22
Réplicas são usadas em quase metade dos assaltos em São Paulo.
Praticantes de esporte com réplicas e polícia defendem mudança na lei.
Essa semana, um homem fez um funcionário de um hotel de Brasília refém por quase nove horas usando uma dessas. O repórter André Falcão encontrou essas armas desse tipo sendo vendidas livremente na internet e em lojas.
Parece de verdade, mas são réplicas. Armas de pressão, usadas em um esporte que simula operações militares. A munição é de plástico, e ninguém se machuca.
O problema é que essas armas também foram parar nas mãos de criminosos. Olhando de perto dá para perceber que elas são muito parecidas. As réplicas precisam ter a ponta pintada para diferenciar de uma arma de fogo, só que os criminosos conseguem apagar essa pintura.
Esse comércio também está na internet. É fácil encontrar réplicas de armas à venda. No início do ano, um dos principais traficantes de armas do Espirito Santo foi preso. As falsas armas contrabandeadas eram vendidas em um site especializado.
No Rio de Janeiro também se encontram lojas que vendem o produto. O vendedor dá detalhes de como funciona.
Produtor: Ela é réplica de que?
Vendedor: Acho que é de 40.
Produtor: É um tiro por vez?
Vendedor: É um tiro por vez. Você armazena, trava de segurança, abre aqui, aqui e aqui.
Duas cópias de modelos estrangeiros custam R$ 600 e R$ 900 cada. Tem também fuzil e espingarda. O vendedor ainda diz que pode usar outro tipo de munição. “Pode usar chumbinho comum também, o chumbinho comum tem que colocar um de cada vez aqui”, explica.
É o Exército que fiscaliza a venda das réplicas de armas. O controle é determinado pelo calibre. “A partir de seis milímetros, o Exército trata essas armas de soft paintball como arma de tiro real. Abaixo de seis milímetros não existe controle do Exército. Fato é que temos um problema novo e temos que nos adaptar e verificar como vamos controlar agora essas armas abaixo de seis milímetros”, afirma o Major Trisi, do Exército.
As pessoas que usam as réplicas para o esporte e a polícia defendem uma mudança na lei para punir com mais rigor quem usa as armas para praticar crimes. “As pessoas que saem na rua ostentando arma de airsoft deveriam ter a mesma penalidade de quem está com arma real”, ressalta o praticante de airsoft Leonardo Trazzi.
“Não se pensava a existência de um simulacro tão perfeito. E não se pensou na utilização desse equipamento para crime. Tudo isso favorece para que o criminoso se beneficie”, completa o Major Menezes, da Polícia Militar.
Em alguns estados, como São Paulo, a multa pra quem for flagrado vendendo armas de brinquedo pode chegar a R$ 20 mil
Parece de verdade, mas são réplicas. Armas de pressão, usadas em um esporte que simula operações militares. A munição é de plástico, e ninguém se machuca.
O problema é que essas armas também foram parar nas mãos de criminosos. Olhando de perto dá para perceber que elas são muito parecidas. As réplicas precisam ter a ponta pintada para diferenciar de uma arma de fogo, só que os criminosos conseguem apagar essa pintura.
Esse comércio também está na internet. É fácil encontrar réplicas de armas à venda. No início do ano, um dos principais traficantes de armas do Espirito Santo foi preso. As falsas armas contrabandeadas eram vendidas em um site especializado.
No Rio de Janeiro também se encontram lojas que vendem o produto. O vendedor dá detalhes de como funciona.
Produtor: Ela é réplica de que?
Vendedor: Acho que é de 40.
Produtor: É um tiro por vez?
Vendedor: É um tiro por vez. Você armazena, trava de segurança, abre aqui, aqui e aqui.
Duas cópias de modelos estrangeiros custam R$ 600 e R$ 900 cada. Tem também fuzil e espingarda. O vendedor ainda diz que pode usar outro tipo de munição. “Pode usar chumbinho comum também, o chumbinho comum tem que colocar um de cada vez aqui”, explica.
É o Exército que fiscaliza a venda das réplicas de armas. O controle é determinado pelo calibre. “A partir de seis milímetros, o Exército trata essas armas de soft paintball como arma de tiro real. Abaixo de seis milímetros não existe controle do Exército. Fato é que temos um problema novo e temos que nos adaptar e verificar como vamos controlar agora essas armas abaixo de seis milímetros”, afirma o Major Trisi, do Exército.
As pessoas que usam as réplicas para o esporte e a polícia defendem uma mudança na lei para punir com mais rigor quem usa as armas para praticar crimes. “As pessoas que saem na rua ostentando arma de airsoft deveriam ter a mesma penalidade de quem está com arma real”, ressalta o praticante de airsoft Leonardo Trazzi.
“Não se pensava a existência de um simulacro tão perfeito. E não se pensou na utilização desse equipamento para crime. Tudo isso favorece para que o criminoso se beneficie”, completa o Major Menezes, da Polícia Militar.
Em alguns estados, como São Paulo, a multa pra quem for flagrado vendendo armas de brinquedo pode chegar a R$ 20 mil
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