segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vacilos com o celular que facilitam assaltos

A Tribuna, Vitória, 06 de setembro de 2014, pag 6.


Distração com o uso do aparelho também está provocando acidentes, segundo especialistas.  Reportagem flagrou situações arriscadas.
Lorrany Martins
 
O ESPECIALISTA Nizio do Bem explica que distração de Thayná, Kaio e Laryssa com celular compromete segurança

 Olhar uma mensagem no celular, ver uma fofoca no aplicativo e atender uma ligação enquanto anda pela rua parecem coisas simples e parte da rotina. Mas, segundo os especialistas, essas atitudes podem oferecer bastante perigo. Ficar o tempo todo com o celular na mão pode representar oportunidade para assaltos e até acidentes de trânsito causados por pedestres distraídos. A reportagem de A Tribuna circulou por Vitória e flagrou várias pessoas em situações arriscadas com os celulares nas mãos. A distração era tão grande que a maioria delas não percebeu quando foi fotografada pela equipe. “Quando uma pessoa se liga ao celular, se desliga de todo o mundo a sua volta e isso compromete a segurança pessoal de qualquer pessoa, tanto para assaltantes quanto para acidentes de trânsito”, destacou o especialista em segurança Nizio do Bem. Ele explicou que existe um triângulo para os pilares do crime: a técnica, o desejo e a oportunidade. “O bandido já tem a técnica para o roubo, o desejo do objeto e cabe a gente diminuir a oportunidade. Mas quando andamos falando no celular, nos distraímos conversando nos aplicativos nos pontos de ônibus e colocamos os fones, aumentamos a chance de assalto.”
Como aconteceu com a estudante Thayná Monteiro, 18 anos, que teve apenas 30 minutos com o novo celular. “Saí da loja junto com meu primo mexendo no iPhone. Quando estava quase chegando em casa, um homem de moto parou, rendeu meu primo e disse para eu passar o celular. Tive que entregar e ficar sem o celular novinho.” Ela contou ainda que só percebeu o bandido quando ele rendeu o primo e anunciou o assalto. “Estava muito distraída”, contou. Segundo o modelo Kaio Frizzera, 18, e a estudante Laryssa Costa, 18, andar com o celular na mão é um hábito normal. “A gente nem percebe, é automático”, disse Caio.

FOTOS: LEONE IGLESIAS/AT
O bandido já tem

a técnica para o

roubo, o desejo do objeto

e cabe a gente diminuir a oportunidade
 
Nizio do Bem, especialista em segurança

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