Distração com o uso do aparelho também está provocando acidentes, segundo especialistas. Reportagem flagrou situações arriscadas.
Lorrany Martins
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O ESPECIALISTA Nizio do Bem explica que distração de Thayná, Kaio e Laryssa com celular compromete segurança |
Olhar uma mensagem no celular, ver
uma fofoca no aplicativo
e atender uma ligação enquanto
anda pela rua parecem coisas
simples e parte da rotina. Mas,
segundo os especialistas, essas
atitudes podem oferecer bastante perigo. Ficar
o tempo todo com o celular na mão
pode representar oportunidade para
assaltos e até acidentes de
trânsito causados por pedestres
distraídos. A
reportagem de A Tribuna circulou por
Vitória e flagrou várias pessoas
em situações arriscadas com os
celulares nas mãos. A distração era
tão grande que a maioria delas
não percebeu quando foi fotografada
pela equipe. “Quando
uma pessoa se liga ao celular,
se desliga de todo o mundo a sua
volta e isso compromete a segurança pessoal
de qualquer pessoa, tanto
para assaltantes quanto para
acidentes de trânsito”, destacou o
especialista em segurança Nizio
do Bem. Ele
explicou que existe um triângulo para
os pilares do crime: a técnica, o desejo
e a oportunidade. “O
bandido já tem a técnica para o
roubo, o desejo do objeto e cabe a gente
diminuir a oportunidade. Mas
quando andamos falando no celular,
nos distraímos conversando nos
aplicativos nos pontos de ônibus
e colocamos os fones, aumentamos a
chance de assalto.”
Como
aconteceu com a estudante Thayná
Monteiro, 18 anos, que teve
apenas 30 minutos com o novo celular.
“Saí da loja junto com meu primo
mexendo no iPhone. Quando estava
quase chegando em casa, um
homem de moto parou, rendeu meu
primo e disse para eu passar o celular.
Tive que entregar e ficar sem o
celular novinho.” Ela
contou ainda que só percebeu o
bandido quando ele rendeu o
primo e anunciou o assalto. “Estava
muito distraída”, contou. Segundo
o modelo Kaio Frizzera, 18, e
a estudante Laryssa Costa, 18, andar
com o celular na mão é um hábito
normal. “A gente nem percebe, é
automático”, disse Caio.
FOTOS:
LEONE IGLESIAS/AT
“O bandido já tem
a técnica
para o
roubo, o
desejo do objeto
e cabe a
gente diminuir a
oportunidade”
Nizio
do Bem, especialista em segurança